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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Apoio Católico Eclesiástico à Comunidade LGBTS.


Apoio Eclesiástico à Comunidade LGBTS


Tendo em conta as declarações de algumas igrejas cristãs que qualificam a homo-afetividade como "obra do diabo", temos a dizer:

A Igreja Católica Apostólica Antiga no Brasil e no mundo promove o respeito pela dignidade humana, os direitos humanos, a solidariedade e a inclusão de todas as pessoas independentemente da orientação sexual.

Baseados em uma leitura crítica e histórica da Bíblia, podemos afirmar que:

- Os ensinamentos de Jesus que recebemos pelos quatro Evangelhos não dizem nada contra as pessoas LGBTS (Homossexuais) ou contra as práticas sexuais entre pessoas do mesmo sexo: o Jesus histórico não condena as pessoas LGBTS ou as suas práticas sexuais.

- As lições que nos trazem os escritos do evangelho de "crimes sexuais" não se referem a pessoas LGBTS ( Homossexuais ) ou o sexo com pessoas do mesmo sexo (Lc 7,36-50, Jo. 8:1-11) mas sim a práticas sexuais de todas as formas que são abusivas e, portanto, injustas. Práticas que transformam aos outros em objetos e tem teor de instabilidade. O Jesus histórico condenou a injustiça, a discriminação e a exclusão.

- Na literatura paulina onde se encontra, aparentemente, as condenações, aos atos homoeróticos, devemos ler a Santa Escritura em seu contexto total, pois Paulo em Romanos 1:26-27 nada diz contra o amor ou o sexo realizado com liberdade e respeito entre adultos do mesmo sexo. As convicções condenatórias das pessoas e seus atos são o produto de leituras fundamentalistas, machistas e homofóbicas. Nas cartas às comunidades cristãs de Roma, Paulo condenou a adoração de ídolos onde foi praticada a prostituição sagrada e, certamente, as práticas culturais de sexo Romanas com menores.

Alienada, arrogante e ignorante, a leitura fundamentalista do texto bíblico, leva à violência e a atitudes homofóbicas, que discriminam e excluem as pessoas LGBTS, são posições que não têm sua base no Evangelho de Jesus, mas em uma leitura de falsa ciência, pré e descontextualizada das Escrituras, que são retiradas do contexto sócio-cultural em que ocorreram, para justificar posições que são contrárias à mensagem de libertação e inclusão de Jesus.

A partir do Vicariato da Pastoral Social da Igreja Católica Apostólica Antiga, expressamos nossa solidariedade com as pessoas LGBTS que se sentem culpadas, violadas em seus direitos e em sua dignidade por discriminações de qualquer ordem, e dizemos com plena certeza: Jesus não discrimina a comunidade: gays, lésbicas, transsexuais e heterossexuais, todos são bem-vindos e recebidos com amor e igualdade na dignidade da vida e como filhos e filhas de Deus.

Vallarino Julho
Assistente Social - Educador Popular.
Vigário da Pastoral.

Sua Eminência Monsenhor
++ Frederico Souza Toldo
Arcebispo Primaz Metropolitano da Igreja Católica Apostólica Antiga
Regente Patriarcal para o Brasil

Sua Beatitude Monsenhor
+++ Sebastián Camacho Bentancur
Arcebispo Primado Mundial da Igreja Católica Apostólica Antiga
Patriarca de la Comunión Apostólica Ecuménica Mundial